Páginas

26 de janeiro de 2009

O Pequeno Príncipe em mim


Foi logo quando nasci... Ganhei meu primeiro livro! Não sei muito bem o porquê deste livro ser dado a um recém-nascido, mas sei que aprendo com ele a cada vez que o leio. É uma obra de Antoine de Saint-Exupéry chamada "O Pequeno Príncipe".

Esta obra trata da amizade e, ao contrário do que parece a primeira vista, não é um livro destinado às crianças. (Não tratarei do livro hoje, até para poder despertar uma curiosidade sadia a seu respeito rs.)

Resolvi fazer um referência à ele pois, nos últimos dias, venho descobrindo novos amigos. Novos amigos não porque não os conhecia, mas porque romperam os limites de "serem simples conhecidos" para serem "amigos". Talvez ainda um pouco distante, mas amigos.

A amizade é um dom, ou antes, com diz o escritor sagrado, é "um tesouro". Felizes os que se permitem ter amigos. Digo se permitir porque na amizade é assim mesmo. Antes do outro ser meu amigo, sou eu quem permito ser assim. Se eu não rompo os limites de preconceito, ou os limites da minha própria segurança, não serei permitido por mim mesmo a ter novos amigos, ou simplesmente, a ter amigos.

Engraçado. Estes novos amigos são pessoas que já estavam ali mas que não os percebia antes, ou melhor - como diria o próprio autor do livro - não os cativei ou me deixei ser cativado por eles.

Há uma passagem interesante do livro: num determinado diálogo (para mim o núcleo do livro está aqui), a raposa vira para o pequeno príncipe e lhe diz - parafraseando eu:

-Estás vendo este trigo? - diz a raposa ao menino - Eu não gosto do trigo. Eles me incomodam. Mas veja, eles são dourados como a cor dos seus cabelos e agora eles passam a significar algo pra mim. Cada vez que eu olhar o louro dos trigos lembrarei do louro dos teus cabelos.

Como a raposa consegue fazer o trigo lembrar seu novo amigo? Como ela foi cativada por ele fazendo com que o trigo se tornasse um sinal de sua lembrança?

É assim que me sinto ultimamente. Em estado de "cativação". Deixar-me descobrir novos amigos que antes não os tinha cativado ou não os tinha permitido me cativar. "E os velhos amigos"? Alguém poderia me perguntar. Responderia: "Ora, os velhos amigos são VELHOS AMIGOS. Aqueles que já percorreram parte do meu caminho e por isso têm um lugar reservado em meu coração. Não é um troca, os velhos pelos novos. Aqui não há este mercantilismo. Cada um é cativado de maneira única e tem o seu valor próprio, exclusivo".

Ainda continuarei a tratar sobre as "novas amizades", mas hoje estou meio cansado... me desculpem.. está tarde.

7 comentários:

  1. Considerações relevantes no msn, rsrs. Mas parabéns pela postagem, são palavras que nos fazem refletir. Bjo

    ResponderExcluir
  2. Considerações relevantes no msn... rsrs Mas parabéns pela postagem! Me fez parar e refletir por um tempo nas amizades que me foram proporcionadas e "cativadas"! Bjo

    ResponderExcluir
  3. Permita ser cativado.Eu fui!
    Boa Noite Novo Amigo.

    ResponderExcluir
  4. Amigo...

    Uma palavra de grande significado e importância: única.
    Amigo... não! ANJO...
    Essa é a definição exata!!
    Um ser, que entra em nossa vida por acaso, nos apresenta uma felicidade desconhecida, faz que um simples momento se torne inesquecível, ajudam quando mais precisamos, apóiam por mais insana seja a nossa decisão, que às vezes nos conhecem mais que nós mesmos.

    Amigos são pessoas que o tempo não apaga; que a distância não destrói; que a maldade não afasta;
    É um sentimento que nem de longe se perde do coração; é alguém que está presente, mesmo muito longe; quando sozinho te faz companhia.

    Amigo...

    É descobrir, explorar, cativar, viver...


    =)

    ResponderExcluir
  5. É, excelente post Henrique. Mas não escorrega no final, tá? "Cançado"? rs

    ResponderExcluir
  6. Muito legal o texto, podia fazer um post falando somente do livro pq é demais também.

    ResponderExcluir